20.8.14

Apresentações em sala de aula e autoconhecimento

As minhas aulas na faculdade começaram e com elas vieram a tarefa de se apresentar para a sala. Dizer quem você é, porque está ali, o que espera da matéria e blá blá blá.

O engraçado é que sempre que eu penso no que vou dizer para me apresentar, a primeira coisa que vem na minha cabeça é dizer de onde eu vim, onde eu morava antes de estar aqui. Como se o lugar de onde eu vim pudesse resumir todo o drama que envolve o autoconhecimento.




Talvez não seja uma questão que envolva o lugar, mas sim a mudança e todo o processo que ela envolve.

Talvez todo mundo já saiba isso, mas foi uma coisa que percebi só depois de duas mudanças de cidade: a gente se fragmenta durante a mudança. É como se a nossa cabeça possuísse várias caixas que precisam ser colocadas no caminhão, mas a correria é tanta que algumas acabam sendo esquecidas e deixadas para trás.

No caminho, outras caixas podem cair do caminhão sem que a gente perceba. E mais para frente, nos cansamos de tanto peso e ficamos apenas com o que damos conta de carregar sozinhos.

Dizer que sou de outro lugar significa que sou fragmentada, que precisei fazer escolhas e que aprendi a manter apenas o essencial. Quer dizer que sei o que é importante para a minha vida. Quer dizer que há espaço para coisas novas preencherem o lugar das coisas que não consegui carregar até aqui, antes de me estabelecer novamente.

Mas, na maioria das apresentações em sala, deixo essa informação de mudança para lá. A fragmentação de si parece pessoal demais para se expor.

23.6.14

Para os que me perguntam como estou dirigindo


Vira e meche vem um engraçadinho que me conhece tentar descobrir como estou dirigindo - acho que porque conhecem a minha falta de habilidade para certas coisas. Acho que esse diálogo que tive essa semana com meu namorado explica muita coisa:

Eu: Hoje eu descobri que os retrovisores também dobram para a frente. Eu achava que era só para trás!
Namorado: Você descobriu isso com as mãos?
Eu: Sim, com as mãos no volante.


Hahaha. Compartilho aqui porque é melhor rir do que chorar, não é? Faz quatro meses que tirei a carteira de motorista e comecei a me aventurar nessa coisa de dirigir. Quem acompanha já deve ter visto esse post sobre o meu medo de controlar essa arma em potencial conhecida como veículo.

O carro está cheio de arranhõesinhos, nada muito grave, mas dá um certo aperto no coração. Na rua sempre sou cautelosa e nunca esbarrei em nada, apesar de já ter feito algumas "barberagens". Mas aqui no prédio minha garagem é no subsolo e eu preciso descer/subir três rampas como essas para entrar/sair:



Mas é isso, gente. Estou seguindo firme na luta. Já até peguei a rodovia uma vez. Tremendo de medo, mas consegui. Haha.

7.6.14

Me irrita: Conselhos com respostas grosseiras

Tenho visto coisas que estão me dando nos nervos. Vários blogs ou tumblrs tem tags ou mesmo páginas para darem conselhos. Até aí, tudo bem. O problema é que muitas das pessoas que dão os conselhos respondem como se fossem donas da verdade e, por muitas vezes, de forma rude!

Na minha opinião, é preciso ter cautela ao dar conselhos para alguém que você não conhece nem metade da história. Vi dois casos essa semana que relatarei aqui:

Caso 1 - Ele está me traindo?
Em um blog sobre relacionamento uma menina contava uma situação e perguntava se era possível que o namorado estivesse traindo-a. 
A resposta foi: "Você se faz de cega por não querer enxergar todos os sinais de traição. Sai dessa e parte para outra". 
ESPERA AÍ! E se não for isso? E se for um outro problema ou uma questão de personalidade? Eu sempre era fria nos meus relacionamentos anteriores, mas jamais trai, era apenas o meu jeito e que mudaria se houvesse uma conversa madura. Digo, se a dona do blog acha isso, que tal apenas sugerir que parece que sim e que a menina deveria ter uma conversa franca com o cara?

Caso 2 - Devo terminar com ele?
Em um tumblr que dá conselhos sobre namoro a distância, uma menina contou que namora 2 anos à distância e ficou chateada ao descobrir que o namorado não contou que ele iria viajar com uns amigos, ela também alegou que ele tem tempo para família e amigos apenas, mas não para ela, e queria saber se deveria romper o namoro. Ela foi chamada de egoísta e possessiva, disseram ainda que o cara tinha o direito de falar pouco com ela e fazer o que quiser sem precisar avisar. 
Gente, cada caso é um caso! Se o casal se acostumou a fazer as coisas sem dar satisfações, tudo bem, mas e se não era assim no começo e a garota sentiu que as coisas esfriaram? Não seria melhor dizerem que talvez fosse um pouco exagerado terminar, mas que a menina poderia conversar sobre isso com o namorado e tentar chegar à algum acordo sobre essas situações?

Meu conselho sobre conselhos:
Se você tem esse costume de dar conselho para alguém, cuidado com o que fala, você pode estar desmanchando algo bonito e que é importante. Não se pode tratar sentimentos alheios apenas como uma coisinha qualquer que você faz para passar o tempo na internet.

Observação:
Gente, não sou contra a galera dar conselhos. Existem muitos blogueiros/vlogueiros/tumbleiros muito bons nisso e que realmente trazem um impacto positivo na vida dos outros. Sou contra a essa falta de tato que vi.

5.6.14

Indico: Cornetto Cupidity - namoro à distância

Hey, gente! 

Comecei a ver os vídeos Cornetto Cupidity Love Stories por indicação da Ray Motta e estou amando! Eles conseguiram fazer lindas histórias que condizem com jovens da nossa sociedade atual sem deixar o romantismo de lado. Se identificar é muito fácil.

O vídeo abaixo foi o meu preferido! Ele se chama "Juntos e Separados" e conta a história de um casal que decide manter um relacionamento a distância por terem se afastado para estudar em universidades diferentes e distantes.

Os jovens procuram sempre manter o contato, de forma até mesmo criativa, até voltarem a se encontrar.

Quem já passou por isso sabe muito bem como é, entende muito bem que "estar perto não é físico" (frase do livro/filme "Os famosos e os duendes da morte").





2.6.14

Coisas que apenas quem mudou de sua cidade natal irá entender

Gente, para quem mudou da cidade natal e não viu esse POST "23 Things Only People Who Made It Out Of Their Hometown Will Understand" no Buzzfeed, dá uma olhadinha. Dúvido que vocês não vão se identificar.

Ler esse post me deu uma boa animada, por isso decidi comentar sobre alguns tópicos contando minha experiência:


6. This is the start of your new life.

Esse ponto é a coisa mais importante para se ter em mente! Uma nova vida, um novo começo. A sensação de borboletas no estomago é incrível, não é? Haha. Aquela ansiedade boa de finalmente seguir em frente.



7. And sure, moving to a new place can be hard.

Dois anos antes da mudança eu olhava em volta pensando que logo eu sairia dali. Eu tentava aproveitar tudo o que estava vivendo porque sabia que as coisas nunca seriam as mesmas de novo. É assustador saber disso. Porque, mesmo para aqueles que um dia querem voltar, as pessoas desse lugar irão mudar e você ganhará uma nova bagagem de vida e não voltará a ver as coisas como antes. Eu sinto falta até dos caminhos que eu percorria na minha rotina monótona, e sinto ainda mais falta da minha família e amigos.




10. And getting lost in this unfamiliar place.
Gente, quem me conhece sabe que eu me perdia numa cidade pequena na qual morei mais de 18 anos. Quando mudei eu me perdi muito, a estrutura da cidade era totalmente diferente da que eu morava. E pior, em Brasília, muitas pessoas eram mal educadas, não davam informações corretas. Ter um celular que prestasse com um GPS legal me fez falta no início. A sensação de se perder em um lugar que você não conhece sempre foi assustadora para mim.




12,13,14,15. And all those people who used to laugh at you? Well, you can barely remember what they look like now. Because you’re meeting new people. And making new friends.

Bom, eu nunca fui de ter inimizade nem nada. Sempre fui bem neutra e fechada no meu grupo de amigos, então, não considero essa parte de pessoas que "costumavam rir de você". Mas, com certeza, sempre tem pessoas que você não gosta em algum lugar, e bem, eu diria que realmente não me lembro como elas são. Parece que foi outra vida de tão distante que é. Parece que um monte de conflitos bobos perderam a importância.




18. You’re having the time of your life.

Não, eu não estou vivendo nas baladas da vida enquanto todo mundo se casa e engravida. Na verdade, eu até planejo me casar em breve (não tão breve ainda para falar sobre isso aqui haha), mas eu não posso negar que essa é a fase mais louca da minha vida. Eu nunca fui tão responsável quanto sou agora, e isso é uma loucura! Haha. 




19. And sure, sometimes you might get nostalgic for home.

Sempre! Quem nunca? Mas procuro não deixar que isso me atinja demais, apenas lembro que foi uma época maravilhosa, mas que muita coisa mais maravilhosa está acontecendo agora. Muita gente que fala comigo percebe o amadurecimento que a mudança causou.  Com certeza quero sempre visitar minha cidade natal, grande parte das pessoas que amo e dos caminhos que me fizeram quem sou estão lá. Mas, as pessoas passam por uma peneira, não posso negar que foram poucos os que mantive amizade.




22,23. But actually move back? Never.

Não posso dizer "desse prato nunca comerei". Mas eu realmente espero não precisar voltar. Como meu pai me diz sempre para me incentivar "não ande para trás". Se eu for mudar, que seja para um lugar novo, um lugar melhor. E, apesar de muita gente achar que devo voltar, que foi errado sair de casa para tão longe dos meus pais, eu sei que eles me apoiam e se orgulham de mim e não querem que minha vida fique parada no mesmo lugar. Afinal, eles mesmo mudaram de onde moravam para construir uma família na minha cidade Natal, essa é apenas a vida seguindo como tem que ser. 


Sobre pessoas de alma

Pessoas que você esquece que são de carne e osso. Como se a essência fosse a única base para sustentá-las em pé. Pessoas que a alma é tão perto da superfície que transborda pela epiderme. E você percebe isso quando elas se aproximam. Você percebe a alma antes de perceber o resto. E você perde o sono à noite, se preocupando com a exposição do que deveria estar protegido. E se perguntando para onde vão os pedaços que são danificados no caminho, e de onde vem a energia para se recompor e seguir em frente. Energia que nunca falta. Pessoas que, de alguma maneira, têm coragem de ir ao mundo verdadeiras como são.

Foto de quando minha melhor amiga de infância foi me visitar em Brasília :)

8.5.14

Bancando a modelo

Hey, gente!
Semana passada estávamos o Kirk e eu entediados aqui em casa e decidimos tirar fotos para aprender algumas coisas sobre a minha câmera. Faz um tempo que eu tenho uma câmera semiprofissional da Nikon mas, por algum motivo, tinha perdido a vontade de fotografar.

Então, decidimos fazer alguns testes simples e tal, não ficaram muito boas quanto à iluminação, mas deu para entendermos algumas funções da máquina. Na verdade, quem entendeu foi o Kirk porque ele que estava controlando a câmera, mas ele me mostrou tudo que fez, então vamos dizer que também aprendi.

Decidi compartilhar as que mais gostei aqui com vocês:



Essa aqui quem gostou foi o Kirk, por mais que a luz esteja aceitável, eu me achei esquisita haha


Tentamos tirar uma em casal também, mas como a câmera ficou no automático para bater sozinha, a imagem saiu bem estourada e ficou ruim (mas nós estamos fofos e vou postar do mesmo jeito!) :


Logo vou fazer mais posts por aqui, gente. Quero tirar fotos ou fazer vídeo do apartamento para mostrar para vocês e também compartilhar minha rotina mais "visualmente falando". Haha.
Obrigada pelas visitas. <3